quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Setorizar a lista de supermercado ajuda a economizar



Um dos grandes consumidores de nossa renda é o supermercado. Já está comprovado que é lá onde gastamos mais com supérfluos. Entre as boas práticas de finanças pessoas, sempre damos muitas dicas que, quando seguidas, ajudam no orçamento familiar e faz com que seu dinheiro sobre no final do mês.

Uma das dicas que sempre funciona é a listar tudo que é preciso comprar. Não só para não esquecer, mas também para não fugir dela. Uma forma bastante interessante é organizar a lista em setores.

O setor “A” , por exemplo, refere-se aos alimentos como arroz, massas, farinha, açúcar, etc…

Já o setor “B” refere-se ao básico, onde entram os produtos de higiene pessoal e produtos de limpeza. Nesses dois primeiros setores fica mais restrito qualquer tipo de corte, podendo somente pesquisar os preços mais em conta.

O setor “C”, é o de contornável, onde surgem as maiores dúvidas e divergências, pois para alguns os que são contornáveis pode ser alimento para outros. Um exemplo disso é o iogurte.

E o setor “D”, pouco se discute, pois é desnecessário, devendo ser sumariamente cortado, riscado, deletado da lista.

Essa simples dica ajuda em muito a cortar alguns gastos desnecessários na hora da compra. Ainda que seja pouco, mas é um bom começo para nos educarmos quanto ao controle do orçamento doméstico.

Um mini BNDES surge com recursos do FGTS


O FGTS sempre foi uma verba guardada a sete-chaves, utilizada apenas para financiamento imobiliário, quando a garantia é real. Obviamente que tem um motivo, é verba do fundo de garantia dos trabalhadores. Ou seja, se a Caixa emprestar mau, corre o risco de perder o dinheiro dos trabalhadores. Mas esse cenário esta mudando e um novo destino terá as verbas depositadas na conta do FGTS. Um Fundo para financiar
empresas, mas não parece ser muito transparente.

O Fundo de Investimentos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS). Com 28 bilhões de reais em carteira no fim de 2013, na prática, se tornou uma espécie de míni BNDES, reforçando os investimentos em companhias nas quais o banco já aplica dinheiro.

“É uma fonte fácil de recursos e repete a prática de ajudar empresas amigas do governo, que poderiam se financiar sozinhas”, diz Ruy Quintans, professor de macroeconomia e finanças na escola de negócios Ibmec do Rio de Janeiro. “E faz isso sem dar satisfação aos donos do dinheiro, os trabalhadores.”

O fundo FI-FGTS foi criado em 2007 para diversificar as aplicações do bolo de dinheiro formado com o que as empresas recolhem em nome dos empregados. Tradicionalmente, o capital era direcionado a custear projetos de habitação e saneamento. Com o FI-FGTS, o dinheiro dos trabalhadores passou a chegar a áreas tão distintas como aeroportos, construção naval e produção de celulose.

Quase 74% dos recursos estão alocados em títulos de dívida e em ações de empresas, boa parte delas de capital fechado. É o caso da Odebrecht Transport, subsidiária do grupo Odebrecht e vencedora, no fim do ano, dos leilões de concessão do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, e da BR-163, em Mato Grosso.

Pouco antes do Natal, a empresa recebeu 1,4 bilhão de reais em investimentos públicos. Desse total, 1 bilhão veio do BNDESPar em troca de 10,6% da companhia. O restante, 429 milhões de reais, foi aplicado pelo FI-FGTS, que fez um aumento de capital para manter sua fatia no negócio — em 2010, o fundo já havia comprado 30% da Odebrecht Transport por 1,9 bilhão de reais.

Não é o único exemplo em comum nas carteiras do BNDES e do FI-FGTS. Ambos investiram em empresas como a Sete Brasil, fabricante de sondas para exploração de petróleo, e na produtora de celulose Eldorado, construída pelo grupo JBS em Mato Grosso do Sul.

Além disso, o FI-FGTS é fonte de captação do próprio BNDES — 19% do patrimônio do fundo, ou o equivalente a 5,2 bilhões de reais, está aplicado em títulos de dívida do banco.

Como são tomadas essas decisões de investimento? Uma das críticas ao fundo, administrado pela Caixa Econômica Federal, é a falta de transparência. As aquisições do FI-FGTS são propostas pela Caixa a um comitê de investimentos formado por 12 membros, encarregados de aprovar os projetos contemplados.

Sua composição é mais política do que técnica. Metade dos integrantes — um representante da Caixa e cinco de diferentes ministérios — é indicada pelo governo. Três são apontados por entidades patronais, como a Confederação Nacional da Indústria. Os restantes representam centrais sindicais, como a Central Única dos Trabalhadores.

Uma vez aprovado o investimento, um relatório é enviado para o Conselho Curador do FGTS, presidido pelo ministro do Trabalho. “Na prática, os conselheiros apenas chancelam as decisões do comitê”, diz um conselheiro que prefere não se identificar.

Segundo a Caixa, todas as operações são baseadas em laudos técnicos internos e em estudos feitos por auditorias independentes. Mas essas informações não são públicas. Ficam restritas ao comitê de investimentos, cujas atas das reuniões também são secretas.

A Caixa não informa sequer o nome das auditorias responsáveis pelas avaliações. O que se sabe é que o retorno dos investimentos não tem sido grande coisa: rendeu 7,2% em 2012, ano em que o CDI, taxa de referência do mercado, deu 8,4%.

Os critérios do FI-FGTS não são unanimidade. Um dos membros do Conselho Curador do Fundo de Garantia a questioná-los é Luigi Nese, presidente da Confederação Nacional de Serviços. Em 2012, ele pediu que fosse revista a decisão de adquirir 750 milhões de reais em títulos da LLX, empresa de logística então pertencente a Eike Batista.

Seu voto foi vencido. “As garantias da operação eram ações da própria EBX, a holding de Eike, o que representava um risco enorme, como o tempo demonstrou”, diz Nese. “Felizmente, a LLX foi vendida antes de quebrar.”

A concentração dos investimentos em poucas empresas é outro ponto questionado. Metade dos recursos aplicados em participações acionárias foi direcionada para duas subsidiárias da Odebrecht, que, juntas, receberam 3,3 bilhões de reais — além da Transport, o FI-FGTS é sócio da Odebrecht Ambiental, de saneamento.

No fim de 2013, o fundo pagou 315 milhões de reais por 5% do capital desta empresa, aumentando para 30% sua fatia no negócio. O valor pago indica que a Odebrecht Ambiental foi avaliada em 6,3 bilhões de reais, o equivalente a 23 vezes o lucro operacional de 273 milhões de reais registrado em 2012.

Segundo analistas ouvidos por EXAME, a avaliação foge aos padrões do setor. Para comparar, o valor em bolsa da Sabesp, maior empresa de saneamento do país, é seis vezes sua geração de caixa. Os gestores do fundo alegam que a valorização se deve às boas perspectivas da Odebrecht Ambiental.

“Não se pode comparar uma companhia consolidada, como a Sabesp, com outra cujos projetos são bastante promissores”, diz Marcos Vasconcelos, vice-presidente de Ativos de Terceiros da Caixa, responsável pela gestão do FI-FGTS. A Odebrecht diz que o Grupo Espírito Santo adquiriu 0,5% da companhia usando o critério de avaliação do FI-FGTS.

As decisões nebulosas tornam duvidosa a validade do míni BNDES. “Não faz sentido um fundo fazer a mesma coisa que o BNDES já faz”, diz o conselheiro Nese. Para José Luiz Fernandes, membro do comitê de investimentos do FI-FGTS indicado pela Confederação Nacional de Serviços, deveria pelo menos haver transparência.

“É preciso dar mais participação à sociedade e explicar o que fazemos”, diz Fernandes. Por ora, a Caixa mantém o sigilo, alegando que as operações são fiscalizadas por órgãos como a Controladoria-Geral da União.

Ocorre que os recursos do FGTS não pertencem ao banco nem ao governo. São oriundos do patrimônio dos trabalhadores e recolhidos mensalmente por seus empregadores — dois grupos que, até o momento, não decidem como seu dinheiro é aplicado.

fonte: www.exame.com

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

10.000 acessos. Obrigada pela credibilidade.



Hoje viramos a marca dos 10.000 acessos em nosso blog. São 9 meses com uma proposta de levar informação de suma importância em uma linguagem fácil. Agradeço a todos os que seguem o blog, aos que compartilham os posts e aos que acompanham as postagens para se manter informados. Podem ter certeza que esse blog é uma forma de utilizar meu conhecimento para compartilhar com todos.

Mais uma vez, obrigada e continuem acessando cada vez mais

Abraços

Economista Simone Magalhães

Economistas atentos ao desenvolvimento do cooperativismo: em construção parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB)



Cooperativismo é um movimento, filosofia de vida e modelo socioeconômico capaz de unir desenvolvimento econômico e bem-estar social. Seus referenciais fundamentais são: participação democrática, solidariedade, independência e autonomia. É o sistema fundamentado na reunião de pessoas e não no capital. Visa às necessidades do grupo e não do lucro. Busca prosperidade conjunta e não individual. Estas diferenças fazem do cooperativismo a alternativa socioeconômica que leva ao sucesso com equilíbrio e justiça entre os participantes. [1]
A (OCB) é o órgão máximo de representação das cooperativas no país. Foi criada em 1969 durante o IV Congresso Brasileiro de Cooperativismo. Entre suas atribuições, a OCB é responsável pela promoção, fomento e defesa do sistema cooperativista, em todas as instâncias políticas e institucionais. É de sua responsabilidade também a preservação e o aprimoramento desse sistema, o incentivo e a orientação das sociedades cooperativas.

O Corecon-RS já deu início às tratativas para estabelecer um convênio com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). A partir deste acordo o Corecon-RS passará a ser cooperador técnico da OCB para credenciar coordenadores e instrutores para o “Programa de Educação Financeira” com a proposta de apoiar no que se refere aos procedimentos de avaliação da metodologia e monitoramento por meio de indicadores de qualidade do programa. As ações devem envolver as delegacias, associações, especialistas no assunto e cursos de economia.

O programa está alinhado à estratégia mundial da Aliança Cooperativa Internacional (ACI) e da própria OCB, sendo que um dos seus eixos principais é o posicionamento das cooperativas como “construtoras da sustentabilidade”. Esta estratégia ganhou força quando a Organização das Nações Unidas (ONU) reconheceu o ano de 2012 como o “Ano Internacional do Cooperativismo”, respaldado pela Recomendação 193 de 2002 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), órgão membro, sendo o Brasil signatário, ao qual estimula os governos a apoiarem e propagarem o Modelo Empresarial Cooperativo.

[1] Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). Promoção e defesa dos interesses das cooperativas.
Acesso em 09.02.2014.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Mais dívida menos inadimplência



O endividamento das famílias aumentou 1,2 pontos percentual em relação a dezembro. 63,4% dos entrevistados declararam ter dívidas de acordo com os dados divulgados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. Esses débitos incluem cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro.

A notícia boa é que o percentual das famílias com contas em atraso recuou, passando de 20,8% em dezembro para 19,5% em janeiro, redução essa proporcionada pelo 13º salário que muitas famílias utilizaram para quitar dívidas em atraso, fruto da conscientização das famílias e das campanhas feitas pelas instituições financeiras com recuo dos juros abusivos.

A diferença entre os índices de famílias que têm dívidas com o das que têm contas em atraso é simples. Um consumidor que usa cartão de crédito, por exemplo, e paga suas mensalidades em dia, entra na primeira categoria: ele tem dívidas programadas e se organiza para quitá-las dentro do prazo. Se esse sujeito deixa de pagar um único mês, torna-se inadimplente e entra na segunda categoria, ainda que tenha recursos para cumprir com seu débito no futuro. Se não tiver o dinheiro, vai para um terceiro indicador, o das famílias que não têm condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso, permanecendo inadimplentes.
Assim, por mais que as pessoas estão se endividando, consumindo mais, a inadimplência teve uma redução considerável. Quando consumimos consciente, aquecemos a economia, geramos emprego e renda, é assim que nossa população deve manter seu comportamento